sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Supimpa

OK, digníssimos senhores... O que poderia ser contado agora?

A semana passou devagar, repleta de alergia e, agora, com uma tosse seca que parece me perseguir até o fim dos tempos. Quarenta horas sob os mais diversos medicamentos por nada. Creio eu.

Se bem que não vou reclamar da voz rouca de hoje.

Assunto recorrente, eu sei, mas o passar do tempo, o que fazemos com ele, não deixa de ser interessante. Quando nos deparamos, vivemos os dias a trabalhar, mofar na frente da tela de um PC, assistimos a coisas na TV que juraríamos jamais por os olhos.

E outras coisas mais.

Mas não estou a fim de praguejar contra os dias e horas e semanas perdidos. No fim, a vida acaba sendo um gigantesco desfile de coisas inúteis permeadas pelas situações, minutos e pequenos gestos que valem a pena.

Coisa definitivamente mais legar de se pensar.

Viver sozinho, sem conhecidos do outro lado da rua, traz o risco de, eventualmente, produzir aquele vazio típico da solidão. E eu tive, sim, momentos deveras complicados nos últimos meses. Que passaram.

Agora, o momento é de ter noção de que, sim: o trabalho vai, sim, ocupar muito tempo dos meus dias. Que a faculdade ainda me aguarda até o final do próximo ano - e que eu posso esperar pelo pior. Que terei muitas noites para chegar sozinho, trocar minha roupa e preparar qualquer porcaria entupidora de artérias porque a preguiça vence o bem estar. Que enrolarei rotineiramente até as duas da manhã lendo um livro, assistindo a um filme, seriado ou a já citada porcaria em alta resolução.

Mas reclamemos apenas do básico. Há muita coisa boa acontecendo ao meu redor para eu pensar em mesquinharias falsamente angustiantes.

São os amigos. A família. Os bons livros. E filmes. A lasanha de microondas. O chocolate branco. Radiohead. Ventilador. Banho gelado. A chuva. A imaginação.

E você, claro. Jamais poderia me esquecer.

Sem ansiedades, sabia?  Apenas a boa e velha saudade que renasce em outro aspecto por estar vivendo uma coisa nova.

Não quero me preocupar com prazos, eternidades ou efemeridades ou outras ansiedades desse mundinho pós-moderno.

Sabe? Quero apenas viver essa coisa boa, esses momentos bons, contigo.

Quando for para acontecerem.

Sem obrigações, apenas as que considerarmos justas.

E poder ouvir tudo o que tem a dizer, poder sentir as coisas boas que você me oferece. E dar um pouco do melhor de mim, todos os dias.

Viver estes dias contigo, mesmo que tão distantes (e tão perto)... É tudo o que preciso para o momento.

E estamos conversados.




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