quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Devil's haircut in my mind

Ser humano é bicho irritante.

Vamos combinar que, sob muitos aspectos, falhamos miseravelmente como espécie dominante do planeta. E nem é questão de apontar o dedo paras as besteiras inomináveis que cometemos, poluir rios, oceanos, desmatar, extinguir espécies a rodo e outras coisas ecologicamente estúpidas.

Ser humano é irritante porque é... Irritante. Irritantemente individualista e egoísta ao se preocupar apenas com o próprio umbigo.

É o sujeito que ouve música no celular no ônibus, na fila, na rua - até em velório, se deixar - sem colocar fone de ouvido. Aquele que é incapaz de andar dois metros para pegar um ônibus e espera ele arrancar para dar sinal. O infeliz que não pode esperar pelo caixa para consumir a cerveja, comer o biscoito, tomar o iogurte. Que buzina feito um cavalo mesmo vendo que o motorista de frente deixou o carro morrer quando o sinal ficou verde. O demente que não pode esperar os 20 segundos do sinal vermelho e avança pelo acostamento. Aquele que precisa ter um som über-mega-ultra-absolute-hiper-super potente no seu carango e desfilar pelas ruas obrigando todo mundo a ouvir a sua trilha sonora pessoal. Os pais que acham que seu filho não faz nada errado na escola, que a culpa é do professor. O motorista de ônibus que te obriga a ouvir pagode/evangélico no sistema de som do ônibus. Os crentes que fazem culto à meia-noite. O bar que fecha a rua durante o final de semana. O cretino que põe o lixo em frente à sua casa. A madame que deixa o cocô do cachorro na sua calçada. Ligações de telemarketing no sábado de manhã.

As opções são muitas (perderia dias enumerando-as)  e, se for falar com esse povo, é capaz de acharem um absurdo você reclamar de qualquer coisa dessas. Entramos num estágio da evolução da cretinice, do "eu" acima de todas as coisas, com o "estou pagando" muitas vezes se tornando sinônimo para o abuso. Afinal, o "cidadão" está... Pagando.

Ver todas essas coisas costumam me irritar profundamente, porque sempre prezei pela educação e o respeito ao próximo. Hoje mesmo vi um desses pequenos absurdos em uma fila de loja de departamentos: um pai dividindo com OS FILHOS um saco desses de batatas chips que engordam. Vontade de dar um esporro inominável na criatura, mas...

Ah, mas os tempos são outros. Eu ainda me incomodo, eventualmente acabo não resisitindo e soltando uma farpa contra o estúpido da vez. Agora eu não posso pensar apenas em mim - ou melhor: tem alguém que me faz ver as coisas com mais serenidade. E você sabe que estou falando de ti.



























(Tá, eu confesso: o que eu queria dizer com toda essa verborragia é que gosto de você)

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