quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu simplesmente não sei mais nada sobre mim mesmo.

Por favor, alguém explique que maldita profusão de sentimentos bons e ruins é essa que me toma o lado esquerdo do peito e não me deixa em paz.

Cansei de sorrir em um momento para, logo depois, estar me sentindo como se a vida fosse um tormento miserável que só me faz sentir inútil.

Essa ridícula sensação de me sentir desejado em um momento, para logo depois me considerar o mais desinteressante dos homens.

Eu não quero mais ser "legal".

Eu quero a reciprocidade, maldição! Peço demais, por acaso?

Quero sim o absurdo, o sublime, o inenarrável.

É amor, sexo, companheirismo, risos, obrigações. Ombro, o sexo, a nudez, telefonemas, mensagens, fotografias, o óbvio, ovos de páscoa, dia dos namorados. Sexo, almoços de domingo, conversas profundas, fila de supermercado, besteirol. Uma gaveta em meu guarda-roupa só pra você, sua foto na estante, chocolate & TV.

E sexo. E suas roupas espalhadas pelo chão. O livro que você deixou para ler na minha casa. Aquela comédia romântica que você tanto quer assistir comigo. O tubo de pasta de dente apertada pela metade. Você sentada no sofá, nua, às três da manhã, tomando sorvete e me contando alguma história de quando tinha 13 anos de idade.

Conversarmos enquanto cozinhamos qualquer coisa que acabe queimando, apenas para rirmos disso no futuro. Esperar pelo outro que sempre se atrasa. Cartões de aniversário. Emails. O seu par de meias. O sutiã que parece nunca combinar com a calcinha. Pijamas e músicas populares.

E sexo. E amor. E desejo. Unhas. Mordidas. Marcas nos braços. Cabelo desarrumado.

Um pedaço de você no meu universo.