quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Matrix reloaded

Seguinte: é normal eu escrever um texto para o blog e, minutos depois, ver que poderia ter escrito mais. E melhor. E diferente.

E a razão para isso é simples: eu não paro na frente do PC e decido que só vou sair daqui quando escrever algo über foda. Quando sinto vontade, o coração fala mais alto, qualquer dessas coisinhas bestas, venho para cá desço a lenha.

Sem parar ou revisar. Simplesmente escrevo e - pimba! - lá está uma nova postagem. No máximo, vejo que o texto está uma merda e apago tudo, começo de novo. Ou deixo pra lá. Nada de enxertar parágrafos ou inverter frases ou sei lá mais o quê. Só mexo em uma coisa ou outra depois que foi pra vitrine.

O motivo é razoavelmente simples: há quase dois anos trabalho em um jornal aqui de Volta Redonda, boa parte desse tempo como editor. E isso quer dizer que passo a semana fazendo entrevistas, pesquisas, tendo que consultar e parar e reescrever matérias, fazendo continhas e relendo tudo para ver se não existem erros, repetições e coisas do tipo. E, como editor, também reviso os textos do grupo que trabalha comigo - o que significa prestar atenção às repetições, coerências dos parágrafos, erros de português e acentuação, consulta sobre dados, nomes, siglas... Ou seja, mesmo que eu possa colocar lá um pouco do meu estilo de escrever sem obrigações profissionais, não deixa de ser um "trabalho braçal".

E é muito bom escrever apenas com o estômago, e esse é um dos motivos desse canto de presunção existir há tempos.

Mas vamos aos fatos. Escrevi o post anterior há menos de duas horas, fui conversar com minha namorada fofa pelo Facebook (pois é, celular que permite ligações sem limites de tempo por 25 centavos e ficamos na frente do computador...). Ela vai fazer suas coisinhas caseiras, vou me jogar no sofá para ler o livro que ela me emprestou... E vi que havia mais o que escrever para o momento.

Simples assim: EU ADORO A MINHA NAMORADA. Ela é linda, fofa, carinhosa, cuidadosa, atenciosa, inteligente, culta, capaz de dizer coisas maravilhosas e me prender por horas com suas histórias de vida e visão de mundo. Ela não me aprisiona, me deixa solto para fazer as coisas que ela não pode estar presente, e muito menos me obriga a estar em sua vida cotidiana naquele esquema 24/7.

Ela me permite ter saudade dela.

E é muito bom acordar ao lado dela. Ou ficar ao seu lado observando a vista de Mordor que o seu quarto permite. E ela tem um jeito peculiar de ser que é muito legal.

Ela é indie, sem ser mala. E ela não sabe de tudo, o que me permite apresentar coisas legais. Da mesma forma que ela me completa apresentando o que não tive oportunidade ou algo do gênero.

E ela é nerd, sem ser bitolada nesse mundinho. Ela diz gostar de novela, mesmo que eu nunca tenha observado isso.

E a minha namorada tem amigos legais, parentes legais, ideias sensacionais. E um pessimismo que chega a ser divertido porque ela sabe o quanto é estranha, às vezes.

E o mais legal (quantos "E" no início dos parágrafos!) é saber que tudo isso não começou de repente, ou de forma artificial como muitos relacionamentos internéticos. A gente já se conhecia, se admirava, mas precisou que uma série de eventos permitisse que descobríssemos o quanto poderíamos ter em comum. E deixar o encanto nascer.

Que fique claro, para quem ainda não percebeu: ELA É A NAMORADA MAIS LEGAL DO MUNDO. E É MINHA. NINGUÉM TASCA. Faça o favor de tirar o olho, ok?

E tenho dito. Por enquanto. Ainda é uma da manhã, e não sei se a minha psicose da madrugada vai voltar a agir. Até lá... Vou sorrir pensando nela.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A casa é sua

Posso enumerar uma série de coisas que indicam o quão sério um relacionamento se tornou: conhecer a família, os amigos, viajar juntos, almoço de Natal, livros emprestados, presentes misteriosos... E outras coisas  que todos conhecem de cor e salteado.

Mas não existe nada mais marcante do que aquele momento em que você percebe que ela está à vontade na sua casa. Quando ela pede um espaço no guarda-roupa para guardar aquela roupa de sair para emergências, a de ficar em casa, os cremes e perfumes e desodorantes e o que mais precisar. Chegar no banheiro e ver uma série de sabonetinhos e shampoos e condicionadores que você jamais compraria, mas que são essenciais para ela.

É como se a sua casa fosse a extensão da casa dela. Ou melhor: como se a sua casa fosse um pouco a dela, também. A certeza de que ela vai querer passar muitas noites ao seu lado, acordar contigo, um final de semana inteiro. Que não é passageiro, enfim.

Até porque você acaba mudando, também. As coisinhas que ela gosta de comer, beber (e isso inclui a cerveja, certo? E a Coca Zero também). A roupa de cama. O controle remoto em outras mãos (um perigo em mãos erradas! Mas não nas dela...).

Enfim: o tempo passa, as coisas ficam mais sérias, e isso é bom demais.

A casa é sua, minha linda. E que isso não tenha fim.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Constatação

"Adoro você". Não preciso de mais nada pra começar bem a semana.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Para quem não entendeu Matrix

Olha, eu tenho certeza que o texto aí debaixo ficou pesado demais para um momento que deveria ser sublime. Mas não vou apagá-lo. Está escrito. Ponto final. O que é feito, feito está.

Então... É o seguinte.

Eu tenho uma namorada. A gente se conhece há mais de dois anos, mas estamos namorando há apenas um mês. Isso. Trinta dias.

E eu estou feliz. Muito. Pra caralho.

Por um motivo simples: porque ela é maravilhosamente humana.

Tem defeitos como qualquer um, pode fazer besteira ou irritar como qualquer pessoa na face da Terra, e eu sei que isso vai se tornar mais frequente com o tempo.

Mas ela também é uma pessoa especial. Demais. Única. Encantadora. Cativante. Mesmo que ela (como ela mesma diz) seja estranha, às vezes.

Mas foda-se.

Só que eu a adoro do jeito que ela é. E sou um dos poucos que conhecem o verdadeiro "eu" dela.

E sou muito feliz por isso.

Porque eu sou o namorado dela há 30 dias, e ninguém pode tirar estes 30 dias de mim. E assim quero continuar, porque 30 dias é pouco. (Repetições para validar um ideia pode, Arnaldo?)

Sabe o motivo? Porque ELA É A NAMORADA MAIS FOFA DO MUNDO.

E revogam-se todas as disposições em contrário.

Feedback song for a dying friend

O ano de 2011 está próximo do fim, e eu deveria pedir desculpas a muitas pessoas. Por vários motivos. Por ter magoado, sido estúpido, faltado com solidariedade, egoísta, frustrado, amargo. Sim, uma série de coisas ruins. Muitas delas, a maioria mesmo, por não saber lidar com o fato de que crescemos e somos apenas mais um na multidão, que temos nossos defeitos, que não somos o último biscoito do pacote dos relacionamentos.

Foi um 2011 que começou com a esperança de que as coisas voltariam a ser perfeitas, mas com o sonho acabando antes de o carnaval ter um fim.

E daí veio a revolta. Amargura. Desejo de magoar a tudo e a todos, de pensar que apenas a insensibilidade e o egoísmo eram as respostas.

E eu acabei magoando um monte de gente (ok, não tanta gente assim, mas machucar um coração que seja já é muito, eu aprendi).

E depois foi a vez de me magoar, por voltar a ter 17 anos e acreditar demais em quem não merecia. E por um instante acreditar que poderia voltar a ter amor próprio.

O tempo passou, os mesmos velhos erros foram se repetindo, e a autoestima baixando a níveis de tempos em que eu era uma pessoa... Realmente estúpida. Foi um período de ansiedade terrível, de buscas infrutíferas, desilusões, esperanças vãs, atropelos e gente que, francamente...

Sinceramente? Estava tudo uma merda. Um homem de 37 anos no emprego que gosta, cursando a faculdade que sonhara, independente... Mas profundamente infeliz. E amargo. Desgostoso. Solitário. Sem confiança. Com medo de tudo. Desejando tudo e conquistando nada.

Confesso: eu passei a odiar as pessoas, a felicidade delas, ou o simples fato de seguirem em frente com suas vidas enquanto eu procurava algo. Ou esperava por alguma coisa. Ou alguém.

Meses em que acordar era difícil, sair de casa era uma tortura, ter que conversar com o mundo à minha volta como se tudo estivesse bem. E não estava. A vontade era de mandar todos à merda, cuspir na cara de todos o quanto nossa existência era vazia. E isso piorou ainda mais porque, de repente, me via tentado a tentar de novo, e de novo, e de novo. Viver de migalhas temporais de felicidade. Lutar por algo, alguém que... Não vou explicar o que não entendi até hoje.

E foi tudo piorando, piorando, piorando... A ponto de começar a afastar as pessoas. Era o pior de mim se alastrando por todos os meios reais ou não. E de repente percebi que estava no pior estágio: quando você quer alguém, QUALQUER PESSOA, apenas para não ficar sozinho.

Foi então que apelei para a ajuda veterinária - sim, isso mesmo - para ter o mínimo de equilíbrio. Mas que era precário demais.

Mas as coisas mudam.

Exatamente quando se está desarmado, de onde menos se espera. Quando comecei a conversar contigo, que estava na minha vida há tempos, que eu admirava mas sempre à distância. Até porque a distância era necessária na hierarquia em que vivíamos.

Se a identificação foi mútua, isso não quer dizer que a jornada foi tranquila. Havia a insegurança, a timidez que sempre aparece quando não deve, o "e agora?" que tornava as coisas mais complicadas. Mas fico feliz por não ter desistido. Porque eu percebi o encanto, e fui me deixando levar por ele. E não me arrependo.

Porque aprendi a te conhecer melhor, tanto no melhor quanto no que tem de mais complicado, e tudo isso me fez te admirar ainda mais. E gostar de ti. Ver que o que desejamos, buscamos, pode estar mais perto do que sonhamos, às vezes, e que basta apenas viver um dia de cada vez e não esmorecer. Só é preciso estar atento.

E uma das coisas mais importantes: saber que queria estar contigo não por medo de ficar sozinho, mas por ver em você as coisas que mais admiro em uma mulher, que me encantam.

É a sua beleza, inteligência, bom gosto, caráter, a forma como é romântica, dedicada, a possibilidade de uma conversa que pode durar semanas,aquilo que não pode ser dito, é estar em um relacionamento que promete mais do que a simples felicidade, companhia, cinema, programas familiares, livros, sexo, planos, viagens, mensagens bonitinhas no celular.

Falamos de quem já viveu o suficiente para saber que um relacionamento não é um jogo, uma guerra, descobrir quem tem o controle.

Eis que já são 30 dias juntos.

Tempo que passou tão depressa e devagar. Mas são 30 dias que fizeram de mim uma pessoa melhor, mais feliz, que trouxeram de volta o melhor da minha persona. E que estão me tornando uma pessoa ainda melhor, pois contigo percebo um novo universo se abrindo, novas descobertas excitantes.

Você tem me feito muito feliz, moça, e eu sei que tudo que eu possa escrever será irrelevante diante do que sinto. Sou apenas alguém que tenta se expressar de forma tosca e desajeitada, mas é de coração.

Beijos para ti, todos. E que estes 30 dias se multipliquem ao infinito.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mais rápido que...

Tenho passado por momentos intensos de serenidade nas últimas semanas, coisa raríssima em 2011. Depois de meses de frustrações, raiva, amargura e desesperanças mil, os últimos dias têm se desenrolado de forma que tudo ficou razoavelmente mais fácil de se resolver.

E isso é bom.

Sendo assim... Não vou arrumar motivos para perder minha paz. As coisas caótica (como diria Irene, sem concordância mesmo para ter graça) podem se resolver sozinhas, ou sem derramamento de sangue.

Vou viver o que tenho de bom para o momento contigo.