Não quero que estejas abaixo de mim, nem que eu esteja sob teu julgo.
Basta que estejamos lado a lado.
Meu desejo é que o ato de compartilhar não seja apenas uma história perdida em livros que falam de um sujeito que padeceu na cruz. É ver brotar daí o verdadeiro companheirismo que pode existir apenas quando os dois veem o mesmo caminho, mesmo que este esteja sob a mais densa neblina das infinitas possibilidades.
É saber que o instinto se tornou um sentido tão confiável quanto a visão, a audição.
Não quero te arrastar comigo como um fardo pesado, e sim te puxar a mão e caminhar ao teu lado. Precisamos que os dois estejam dispostos a ter o outro como igual.
Que nossas experiências e opiniões e conselhos sirvam de combustível para que o amor seja mais que beijos ou mensagens de celular às oito da manhã.
Que as conversas não sejam embates infindáveis sobre quem irá derrotar o outro pelo cansaço ou lógica irrefutável de "quem está certo". Nós teremos a razão e a falta de lógica. Saberemos extrair dos dois aquilo que será o mais importante ao final.
Será a hora de dizer basta aos orgulhos mesquinhos para que possamos ter a certeza de que o respeito vai cimentar o que está para ser construído e escrito.
Como se cada dia fosse um dia de Ano Novo, repleto de promessas, esperanças e bons presságios.
Mas isso só vai acontecer se nos olharmos nos olhos, na mesma altura, como iguais.
E que estejamos combinados.
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