terça-feira, 27 de março de 2012

12 days week

Hoje é segunda-feira (terça?) e estou muito, mas muito cansado. Semana de 12 dias é isso aí.

domingo, 25 de março de 2012

Our time is running out

Meio-dia de domingo, e eu adoraria poder fazer nada. Absolutamente nada. O nada absoluto, como o tal zero, zero grau que tanto falam.

Mas é preciso guardar a roupa lavada. Separar a roupa suja. Ler o jornal de ontem (!!!). Procurar textos acadêmicos na internet. Ler um livro sobre trabalhos acadêmicos. Escrever uma justificativa, reescrever hipóteses. Escrever um artigo para uma revista cretina da faculdade que ninguém vai ler. Ajeitar algumas coisas em meus aposentos imperiais, porque amanhã tem faxina. Preparar o almoço.

E eu tenho de estar no jornal às 15 horas.

Sabe o que vai acontecer? Vou procrastinar com a maioria das coisas.

Porque o tempo é curto, meus caros. Esse é o grande segredo da Teoria da Relatividade que o Einstein deixou escondida para descobrirmos quando estivéssemos irremediavelmente fodidos.

Quando os compromissos se tornassem muitos, a internet tomasse grande parte da nossa atenção, e acreditássemos no tudo-ao-mesmo-tempo-agora (#Titãs, isso para mim é enfeite). A verdade é que o tempo vai nos engolir, os compromissos vão nos soterrar, aí todo mundo fica cansado, angustiado, estressado e... Não, não vamos invadir cinemas, escolas e afins e sair dando tiros a mesmo.

Mesmo que dê vontade.

E é nesse ponto que pergunto se o mundo está errado ou se o problema é comigo. "Com nós". Afinal, o que não falta pelos fêicebuquis da vida é gente que igualmente trabalha, estuda... Mas passa os finais de semana - e até as noites de quarta-feira - em pubs, bares e botecos nas baladas, colocando fotos abraçadas a copos de cerveja, descendo até o chão e, apesar disso, firme e forte no trabalho, se formando e etc.

(Se bem que aí entra a história de que quem precisa ficar jogando a felicidade nas fuças alheias, na verdade, tem problema de autoestima, cientistas ingleses divulgam estudo defendendo que quem se expõe no FB é narcisista...)

Deixemos isso para lá. O que eu sei é que alguma coisa está bem errada comigo, e não é só hoje.

Sábado:
11h - Inglês
12h - Passar nos pais para pegar a câmera para o vídeo do rúgbi
13h15 - Barbeiro
13h30 - Supermercado
14h - Fazer barba, almoçar
15h30 - Gravação com o time de rúgbi
(Em algum momento por aqui eu deveria voltar para casa e pesquisar textos acadêmicos na internet, mas a gravação só terminou às 18 horas)
20h - Terminar de fechar o jornal

E amanhã é trabalho, faculdade, estudar inglês... E fazer o que não fiz hoje. Acho.

Alguma coisa está muito errada. Vou deitar ali no sofá enquanto penso nisso.



terça-feira, 13 de março de 2012

Life for dummies

Como funciona:

Você é um ser humano.

Pernas, braços, mãos, órgãos sexuais, vísceras, veias, sangue, cérebro, músculos, ossos, cartilagens, coisas entrando e saindo de você. Neurônios.

Consciência.

Desejos.

Uma visão de mundo centrada no indivíduo. Sim, senhor.

Psicologia, psiquiatria, ginecologista, proctologista, dentista. Professor, doméstica, motorista, caixa de banco e o vizinho.

Carro, casa, cueca, jeans, sapatos, chicotes, plugues anais, luvas, guarda-chuvas, calcinhas, sutiãs, vestidos e óculos.

Esqueci de algumas coisas.

Somos feitos de carnes, vontades, histórias, memórias, ansiedades, futuros e dias e noites e empregos e férias e desemprego e estudo e vagabundagem, também.

Somos milhares de coisas, e somos nada ao final.

Ancorados em uma esfera azul, com mais alguns bilhões de bípedes imbecis. Mas aqui estamos.

Vivendo. Tomando decisões.

E o pior: sem poder esquecer delas. A vida não é um brilho eterno de uma mente sem lembranças.

Tudo aquilo que se fez de errado, que você acha que não merecia ter acontecido com você, mas que está marcado a ferro e fogo em sua massa encefálica. E é preciso viver com isso.

Vamos rir disso tudo. Rir do passado, das pessoas, das histórias. Tornar tudo que não presta insignificante. Lembrar que a vida ainda promete ser longa, e que há muitos espaços no jardim da memória a serem preenchidos com coisas boas.

Sorrisos. Viagens. Ligações. Encontros, conversas, festas, planos, sexo, um país distante (?).

Amor, enfim.

São quase quatro meses de uma história que só me faz bem. E eu sou um homem de viver o agora.

E eu vejo uma vida melhor no futuro, que o meu passado terá lembranças felizes que irão se confundir com um futuro/presente que já acontece.

E aqui estamos, eu e você. Cento e vinte dias. E contando. Como isso é bom.